Ruas de Aracaju ficam vermelhas no Dia de Luta, 7 de abril

Movimento social e sindical diz NÃO ao retrocesso

Escrito por: Iracema Corso

A data prevista para a votação do Projeto de Lei 4330 – que ameaça o emprego público e representa a ampliação da exploração do trabalhador terceirizado –, esta terça-feira, dia 7 de abril, concretizou-se como um Dia de Luta em todo o País contra os avanços da direita brasileira, apoiada pelo capital internacional.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o movimento estudantil, trabalhadores do campo e da cidade e o movimento de luta por moradia, MST, MOTU, DCE/UFS e Levante Popular da Juventude se somaram a lideranças de comunidades quilombolas e ao Movimento Nacional de Direitos Humanos na construção de uma marcha pelas ruas do mercado, calçadão e Centro de Aracaju.
A marcha reuniu, na tarde desta terça-feira, centenas de militantes sociais de todo o Estado de Sergipe que cantaram canções, empunharam cartazes e fizeram pronunciamentos sobre a ampla pauta de reivindicações que levaram às ruas nesta data: contra o golpe, intervenção militar, a volta da ditadura e em defesa da democracia; contra a política de ajustes neoliberais; em defesa da Petrobras, para que o petróleo continue sendo do povo brasileiro; pela punição de todos os políticos corruptos; pela reforma política com proibição de financiamento privado de campanhas, com aprovação de projeto de lei de coalizão democrática e do plebiscito para convocação de uma assembleia constituinte); pela Democratização da Comunicação; reforma tributária com taxação sobre grandes fortunas; em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas e contra o Projeto de Lei 4330/04.
O presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, enfatizou que a elite brasileira, enriquecida pela corrupção, esconde seus reais propósitos por traz de um discurso hipócrita e moralista contra a corrupção. “A elite deste País esta incomodada porque a classe trabalhadora começou a avançar, mas avançar com méritos depois de um século de lutas. Nada caiu do céu para os trabalhadores. Nem a reforma agrária, nem as conquistas salariais, nem a conquista pela moradia popular... Tudo foi fruto de uma grande luta, e esta elite hipócrita começou a reagir quando as trabalhadoras domésticas passaram a conquistar direitos trabalhistas, pois elas queriam mantê-las para sempre a margem destas conquistas, subjugadas como escravas e não como trabalhadoras. Trabalhadores do campo e da cidade, estudantes, movimento social e sindical está unido para dizer a esta elite brasileira que aqui ninguém aceita canga”.
O representante do MST, Gileno Damasceno Silva, frisou que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra está nas ruas há mais de 30 anos e não vai assistir de braços cruzados nenhuma forma de retrocesso político ou Golpe.
O vice-presidente da CUT/SE, Roberto Silva, observou que o PL 4330 e a redução da maioridade penal representam Projetos de Lei que prejudicam a população trabalhadora e as crianças empobrecidas. Ambas propostas que tramitam no Congresso Brasileiro são a prova cabal da necessidade de Reforma Política pela falência deste sistema representativo financiado por empresários que legislam em causa própria e contra a maioria da população brasileira. "Aracaju vermelhou. O povo tomou as ruas de Aracaju em defesa da democracia, da classe trabalhadora, pela Reforma Política, pela Democratização da Comunicação, contra a redução da maioridade penal e extermínio da juventude negra, enfim, contra todo e qualquer retrocesso de direitos! No conjunto, as pautas representam o projeto de Brasil assinado pelo movimento social e sindical, queremos mais democracia, mais participação popular”.
 

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