Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador em debate na CUT/SE
Coletivo Saúde do Trabalhador, formado por entidades sindicais cutistas, será oficialmente criado no próximo dia 12 de fevereiro
Escrito por: Iracema Corso
A realidade do trabalhador que sofre com doenças e acidentes de trabalho foi debatida por dirigentes sindicais e especialistas em Segurança e Saúde do Trabalho no Auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), na manhã desta sexta-feira, 24/01. A atividade corresponde à etapa estadual da Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que será realizada pela CUT nacional em São Paulo, nos dias 23, 24 e 25 de abril.
Como fruto dos debates, as lideranças sindicais decidiram que criarão o Coletivo Saúde do Trabalhador, previsto para acontecer no auditório da CUT/SE, no dia 12 de fevereiro. Também foram eleitos os delegados para a Conferência Nacional de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da CUT: Jorge Santos (SINDMINA), Wellington Araujo (SINDSOCORRO), Maria Rosita (SINDITÊXTIL), Carolina Rejane (SINDJOR), Quitéria Santos (SINDOMÉSTICA).
A conferencista Mônica Bomfim, ex-diretora da CUT/SE e filiada ao SINERGIA, informou em sua apresentação que o Brasil é o quarto país em número de acidentes de trabalho e só perde para Rússia, Índia e China. "E isso é só a ponta do iceberg. Ainda há muitos acidentes de trabalho que sequer são informados", alertou.
Dilson Gama, presidente do SINDTÉXTIL, secretário de Relações do Trabalho da CUT/SE, criticou a atuação do Ministério do Trabalho.
“Os números apresentados de acidente de trabalho no Brasil são assustadores, e as denuncias ao Ministério do Trabalho não tem prosseguimento. Não podemos continuar dando murro em ponta de faca. Temos trabalhadores adoecendo coletivamente. Numa empresa só são mais de 70 empregados com a mesma doença. Parece que hoje não se tem mais auditores do Trabalho querendo resolver o problema. Precisamos encontrar mecanismos para que a Previdência Social e o Ministério da Saúde funcionem, porque os trabalhadores devem continuar trabalhando, mas com dignidade e saúde”, avaliou.
O companheiro Evanildo Pereira, do CEREST (Centro de Referência de Saúde do Trabalho), explicou que a principal função do órgão é prestar esclarecimentos, informar e dar assistência ao trabalhador. A advogada Lana Iara alertou para a necessidade de o trabalhador doente guardar atestados de saúde e todos os documentos necessários para a comprovação do problema.
O assessor da Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT Nacional, Plínio Pavan, enfatizou a importância deste debate para a construção da Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador. Ele ressaltou a necessidade de colocar a Saúde do Trabalhador no centro das ações sindicais de todas as entidades ligadas à CUT, assim como a necessidade de organizar/reorganizar os coletivos estaduais e ramos c/ periodicidade de reuniões definidas, estimulando criação de coletivos por sindicatos.
Entre os dirigentes sindicais, marcaram presença a diretoria do SINDMINA, SINDJOR, SINDTÊXTIL, SINDTELHA, SINDPASTORA, SINDTIC, SINDIVIGILANTE, SINTRADISPEN/SE, SINDISERVE PROPRIÁ, SINDABÃ, SINDSOCORRO, SINDIPEMA, SINDOMÉSTICA, SINDIPREV, SINERGIA, SINDIFREI, SINDPEDRINHAS e SINTUFS.
Ao fim das apresentações, os trabalhadores se organizaram em grupos para discutir a realidade vivenciada no ambiente de trabalho no que diz respeito aos eixos: ‘Saúde do Trabalhador e Seguridade Social e Legislação’; ‘O papel das OLTs na Saúde do Trabalhador e Organização dos Ramos/Macrossetores da CUT’; ‘Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente’; e ‘Saúde do Trabalhador, Desenvolvimento Socioeconômico e Tecnológico’.
FONTE: www.cut-se.org.br
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